A Mostra Ecofalante de Cinema chega ao Rio de Janeiro e acontece de 05 a 12 de junho, com um total de 24 filmes, que ganham exibições gratuitas na Estação Net Rio (Rio de Janeiro-RJ) e no Cine Arte UFF (Niterói-RJ).
Criada em 2012 e reconhecida como a mais importante vitrine sul-americana para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais, o evento celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, e está organizada nas sessões Panorama Internacional Contemporâneo, Sessões Especiais (com obras brasileiras e clássicas) e Programas educativos.
Entre as obras de destaque estão longa-metragem assinado por Werner Herzog, títulos exibidos em importantes festivais internacionais e obras clássicas da América Latina e da África. Um ciclo de debates acompanha as projeções com participação de Ivana Bentes, Helena Strecker, Luiz Fernando Duarte de Moraes, Renato Crouzeilles, Jerônimo Boelsums e outros nomes.
Abertura
Atração de abertura da programação, no dia 5 de junho (quarta-feira), no Estação Net Rio, “Food, Inc. 2” é uma continuação de “Food, Inc.”, que em 2008 causou furor ao alertar que nossas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, tendo sido indicado ao Oscar, conquistado o Emmy e exibido na Mostra Ecofalante de Cinema. Agora, “Food, Inc. 2” revela que as corporações multinacionais aumentaram ainda mais sua influência, se especializaram no mercado de alimentos ultraprocessados e estão promovendo uma crise internacional de saúde. Nesta sequência, os diretores Robert Kenner e Melissa Robledo acompanham agricultores inovadores, produtores de alimentos com visão de futuro, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores para denunciar as empresas de multiprocessados, inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.
Panorama Internacional Contemporâneo
O casal pioneiro de vulcanólogos Katia e Maurice Krafft se tornou notório por dedicar sua vida a documentar de perto a magnitude desses fenômenos naturais, ainda pouco compreendidos. Esse vasto material é apresentado pelo cineasta Werner Herzog em “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft”, uma homenagem aos dois, que morreram numa pesquisa de campo enquanto filmavam, atingidos por uma avalanche de pedras e cinzas fumegantes. Grande vencedor do importante festival DOC LA (EUA), o filme também foi laureado em festivais na Europa e na Ásia. Diretor de mais de 70 filmes, Herzog assina, entre outros, “Fitzcarraldo” (1982), “O Homem-Urso” (2005) e “Encontros no Fim do Mundo” (2007), este último, indicado ao Oscar de melhor documentário. Estas três obras integraram uma retrospectiva promovida na sétima edição da Mostra Ecofalante de Cinema, que exibiu 18 títulos do realizador.
Lançado pelo Festival de Sundance, “TikTok, Boom” traz histórias pessoais do aplicativo mais baixado do mundo contadas por um elenco de nativos da Geração Z, jornalistas e especialistas. Sua diretora, Shalini Kantayya, é uma ativista ambiental norte-americana cujos filmes exploram os direitos humanos na interseção de ciência e tecnologia. A realizadora ficou conhecida por “Coded Bias” (2019), também lançado no Festival de Sundance e já exibido na Mostra Ecofalante de Cinema. A sessão de 6/06, quinta-feira, às 18h30, no Estação Net Rio é seguida do debate “Redes Sociais: Como Regular um Território Sem Lei”, com participação da ensaísta e professora Ivana Bentes, da pesquisadora Helena Strecker e com mediação da jornalista Audrey Furlaneto. Na ocasião, são discutidas diversas questões envolvidas nas redes sociais, inclusive a tentativa de regulação.
Dos mesmos cineastas de “Solo Fértil” (disponível na Netflix e na plataforma Ecofalante Play), Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell, a Mostra Ecofalante de Cinema Rio apresenta “Solo Comum”, longa premiado no Festival de Tribeca (EUA). Com participação de celebridades como Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson, o filme explora como a agricultura regenerativa pode ajudar a curar o solo, a nossa saúde e o planeta. Joshua dirigiu também “Fields of Fuel” (2008), vencedor do prêmio do público no Festival de Sundance, e “Pump – Histórias do Petróleo” (2014), exibido no Festival do Rio. O casal assina também “Petróleo: O Grande Vício” / “The Big Fix” (2012), já programado na Mostra Ecofalante de Cinema. A sessão de “Solo Comum” em 11/06, às 18h30, no Estação Net Rio é seguido do debate “Restauração e Regeneração dos Ecossistemas: O Que Está Sendo Feito no Brasil”, que traça um panorama das iniciativas relacionadas à contenção do avanço das mudanças climáticas no país, com mediação da jornalista Audrey Furlaneto e participação de Luiz Fernando Duarte de Moraes, pesquisador do Embrapa; Renato Crouzeilles, diretor científico da MOMBAK; e Jerônimo Boelsums, professor do Departamento de Ciências Ambientais da UFRRJ.
Já o sueco “A Sociedade do Espetáculo”, de Roxy Farhat e Göran Hugo Olsson, é uma adaptação visual e humorística do clássico ensaio de Guy Debord, “A Sociedade do Espetáculo” (1967). Hoje, o ato de consumir o que não precisamos vai além de uma atividade recreativa sem sentido; tornou-se uma nova ordem espiritual mundial, inflexível até mesmo diante da crise climática que ameaça nossa futura existência. Criado a partir de imagens contemporâneas, found footage e cenas originais, o documentário examina como a circulação de imagens cria vontades e muda a forma como nos vemos e interagimos uns com os outros. Gören Olsson projetou-se internacionalmente com “Sobre a Violência” (2014), premiado no Festival de Berlim e exibido na programação Especial Semana do Meio
Vencedor do prêmio de melhor direção da competição de documentários norte-americanos no Festival de Sundance, “Não Te Vi Ali” é o longa de estreia de Reid Davenport, um jovem cineasta cadeirante norte-americano. A chegada inesperada de uma tenda de circo em frente à sua residência o leva a revisitar a história do lendário P.T. Barnum e seu Circo de Horrores, cujo legado marcou a sua vida. Este é o ponto de partida para seu filme-solo, em que nos convida a vivenciar seu dia a dia, da perspectiva de sua cadeira de rodas. A obra percorreu ainda prestigiosos festivais: São Francisco, Edimburgo, Sydney, Melbourne (Austrália), DOC NYC (EUA), Hot Docs (Canadá) e Festival de Documentários de Sheffield (Reino Unido). O filme será exibido com legendas descritivas.
A produção holandesa “O Jogo Mental”, continuação do documentário multipremiado “Shadow Game” (2021), é co-dirigido pelo jovem refugiado afegão Sajid Khan Nasiri – um dos protagonistas do primeiro filme – e as diretoras Eefje Blankevoort e Els van Driel. Este documentário intimista, que mostra a face brutal da migração na Europa, acompanha de perto a experiência traumática de Sajid, cuja travessia do Afeganistão até a Bélgica, à procura de segurança e de um novo lar, foi documentada com a única ajuda do celular do adolescente.
“Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, constata que plásticos estão por toda parte – existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas em nossa galáxia. Encontra-se plástico não só nos oceanos, como também em rios, no ar, no solo e dentro de nós. Embora a crise se aprofunde e a reciclagem não dê conta do problema, a indústria do plástico continua a aumentar sua produção. O documentário acompanha representantes dessa indústria e cientistas e ativistas para descobrir qual futuro essa crise nos reserva, tendo sido selecionado para os festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e Festival de Documentários de Munique. A diretora Willinger ganhou projeção internacional com o premiado longa “Olá, IA” (2019), exibido na Mostra Ecofalante de Cinema.
Passado nas profundezas das florestas montanhosas do oeste do Uganda, na África, “República dos Gafanhotos” acompanha a estação chuvosa, quando ocorre um dos maiores fenômenos naturais do mundo: milhões, às vezes bilhões, de gafanhotos de chifres longos se reúnem para acasalar. Aproveitando-se do acontecimento, o homem encontrou uma maneira de lucrar com este belo ciclo reprodutivo. Em estilo cinema verdade, o documentário retrata uma equipe local de captura, enquanto esses exploradores modernos percorrem florestas e remotos vilarejos em busca de fortuna. Trata-se do segundo longa-metragem do diretor Daniel McCabe, consagrado internacionalmente com “This is Congo” (2017), selecionado para o Festival de Veneza e premiado em diversos festivais, tendo sido exibido na Mostra Ecofalante de Cinema.
A produção francesa “Estado Limite” tem por protagonista o único psiquiatra do Hospital Beaujon, instalação de 400 leitos nos subúrbios de Paris. Dedicado aos seus pacientes, ele faz o possível para aliviar suas dores, ouvir suas palavras e os proteger de seus próprios demônios. No entanto, o serviço público de saúde vai mal – não há tempo suficiente e os cuidadores estão desmoronando. O filme venceu o prêmio de melhor longa-metragem francês, o prêmio da crítica no Festival de Champs-Élysées (França) e a menção honrosa no festival CPH:DOX (Dinamarca), tendo sido exibido nos festivais de Estocolmo, Dokufest (Kosovo) e Zurique.
Qual é o preço que alguns pagam pela carne suína do mundo? Este é um dos temas levantados em “O Cheiro do Dinheiro”, filme de Shawn Bannon que foi eleito como melhor documentário no Festival de Sarasota (EUA). Na obra, uma comunidade rural da Carolina do Norte se torna o epicentro da explosão da indústria suína nos EUA e a batalha de seus residentes se transforma numa guerra contra uma das empresas mais poderosas do mundo e sua poluição devastadora. O filme trata de racismo ambiental de forma contundente.
Em “Rowdy Girl: Santuário Animal”, de Jason Goldman, uma ex-criadora de gado do Texas, incapaz de aceitar a realidade cruel da pecuária, se torna vegana e transforma o negócio de carne bovina de seu marido em um santuário de criação animal. Quando a sua história viraliza, ela percebe sua verdadeira vocação: ajudar fazendeiros na transição de uma economia à base de animais para uma à base de plantas. O filme foi destaque no Hot Docs, evento canadense considerado um dos mais importantes festivais de documentários das Américas.
A caça de baleias é uma questão vital para o povo indígena da pequena Ilha de São Lourenço, no Mar de Bering. Portanto, quando Chris Agra Apassingok se tornou a pessoa mais jovem a arpar uma baleia para a sua aldeia no Alasca, sua mãe orgulhosamente compartilhou a notícia no Facebook. Para sua surpresa, milhares de ativistas digitais atacaram Chris sem compreender totalmente o alcance do feito dele. “O Povo da Baleia”, uma coprodução EUA/Rússia dirigida por Pete Chelkowski e Jim Wickens, acompanha a luta dos Apassingok para reconstruir sua identidade destroçada e encontrar um novo ponto de apoio tanto na tradição quanto na modernidade. O filme foi destaque nos festivais norte-americanos DOC NYC, Mill Valley e de Camden.
Coprodução EUA/Países Baixos, “Os Caçadores de Barragens” segue a viagem da engenheira ambiental espanhola Pao Fernández Garrido por diversos países para testemunhar a recuperação dos rios daquele continente. Dirigido por Francisco Campos-Lopez Benyunes, o filme nos revela quem são as pessoas que trabalham incansavelmente para remover barreiras fluviais e restaurar alguns dos mais icônicos rios da região. O longa foi recebido com emoção por plateias de festivais como o Wild and Scenic e o Environmental Film Fest, ambos nos EUA.
Sessões especiais: Clássicos
Coprodução entre Senegal e a França de 1989, a série “Tesouros do Lixo” é uma das obras clássicas selecionadas para a Mostra Ecofalante de Cinema Rio. Reunindo cinco filmes curtos do importante documentarista senegalês Samba Félix Ndiaye (1945-2009), que foram restaurados em 2021, “Tesouros do Lixo” é considerada uma das principais obras desse cineasta, tido como um dos mais relevantes nomes do cinema de seu país e frequentemente chamado de “pai do documentário africano”. Com um olhar preciso e sensível, ele trata das pequenas ocupações do setor informal que resistem ao tempo, como a fabricação de objetos artesanais a partir de materiais retirados do lixo. A obra foi exibida no importante festival Cinéma du Réel, na França. Com “Les Malles” (1989), um dos curtas que compõem essa série, Ndiaye venceu o prêmio de melhor documentário no Festival de Amiens (França). Foi premiado ainda no Cinéma du Réel pelo longa “Ngor, l’Esprit des Lieux” (1991).
Os realizadores colombianos Jorge Silva (1941-1987) e Marta Rodríguez são nomes de referência no documentarismo latino-americano. Sua produção engajada teve início nos anos 1960 e conquistou reconhecimento internacional, tendo acumulando premiações em eventos importantes, como o Festival de Berlim. A programação da Mostra Ecofalante de Cinema Rio, em sua edição de 2024, exibe a versão restaurada em 4k de um de seus títulos clássicos: “Amor, Mulheres e Flores”, de 1988, sobre as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores. A versão foi destaque na seção Cannes Classics do Festival de Cannes de 2023. A obra questiona qual seria o custo da beleza e denuncia o uso de agrotóxicos nos campos floridos da savana colombiana e as condições de trabalho da mão de obra majoritariamente feminina. Partindo de uma abordagem antropológica, o filme recolhe durante cinco anos os testemunhos dos trabalhadores e acompanha-os no seu quotidiano. Trata-se de um pioneiro filme sobre emancipação, dignidade e luta pelo meio ambiente.
Sessões especiais: Brasileiros
O média-metragem “Vida Sobre as Águas”, de Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee e Sá, celebra a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia. Das casas sobre palafitas às moradias flutuantes, o filme destaca as adaptações engenhosas para lidar com as paisagens inundadas desafiadoras e sempre em transformação das planícies fluviais amazônicas brasileiras. Através de narrativas íntimas de moradores e construtores locais, o documentário revela as técnicas de construção coletiva que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região. Ao final da sessão de 8/06, sábado, às 16h00, no Estação Net Rio, acontece um bate-papo com a equipe do filme.
Cuidadoras da memória e do futuro, mulheres indígenas do rio Negro contam sua história no média “Rionegrinas”, dirigido por Fernanda Ligabue e Juliana Radler. Na produção é destacada a trajetória de lutas e as conquistas dessas mulheres. Também é focalizada a criação do Departamento das Mulheres Indígenas da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIRN-FOIRN).
Localizada em Ceilândia (DF), Sol Nascente é considerada atualmente a maior favela do Brasil. Lá vivem Socorro, Jurailde e Bizza, que lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O longa “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, acompanha a saga desses protagonistas para preparar a alimentação das centenas de pessoas que chegarão a Brasília para assistir à cerimônia de posse do terceiro mandato do presidente Lula. Em meio a ameaças de golpe, o filme traz entrevistas íntimas sobre suas vidas e a organização coletiva, revelando que o futuro se cozinha a muitas mãos. A obra foi vencedora do prêmio do público e de menção honrosa do júri na Mostra Brasília no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Programa Ecofalante Universidades
A seção Programa Ecofalante Universidades traz filmes que fazem parte do projeto educacional da Ecofalante. Ele leva o debate socioambiental a escolas e universidades durante todo o ano e seu catálogo é composto por mais de 250 títulos. Dentre esses títulos, alguns foram exibidos em edições anteriores da Mostra Ecofalante de Cinema. É o caso de “Parceiros da Floresta”, de Fred Rahal Mauro, que mostra projetos de parcerias entre setores privado, público e comunidades locais que geram soluções para a proteção e restauração de florestas tropicais. Este filme-manifesto percorre três continentes revelando parcerias que aliam tecnologia, negócios e conhecimento tradicional para gerar benefícios verdadeiramente compartilhados.
“A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu”, de Andy Costa, enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé. Essas pessoas vivem na região do Médio Xingu, importante área da Amazônia brasileira que enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.
Fred Rahal Mauro também responde, ao lado da codiretora Cassandra Mello, pelo longa “Escute: A Terra Foi Rasgada”, que parte do universo de três povos indígenas pressionados pela destruição causada pelo garimpo para propor uma aproximação do pensamento dos Yanomami, Munduruku e Mebêngôkre (Kayapó). Trata-se de uma narrativa sobre resistência e resiliência, na figura de uma união inédita que firma a manutenção de seus territórios físicos e subjetivos. A obra também já foi exibida na Mostra Ecofalante de Cinema.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema, “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” é assinado por Joana Moncau, Elpida Nikou e pelo Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi. Na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, um coletivo feminino divulga as denúncias dos indígenas através de produções audiovisuais. O filme acompanha essas jovens durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros.
Uma iniciativa multiplataforma que inclui ainda um podcast, vídeos no YouTube e matérias especiais, o filme “Mulheres na Conservação” retrata mulheres pesquisadoras que lutam pela conservação da biodiversidade no Brasil. Trata-se de um olhar delicado e sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental. Participam as pesquisadoras Barbara Pinheiro, Beatriz Padovani, Flavia Miranda, Marcia Chame, Maurizélia de Brito e Silva, Neiva Guedes e Patricia Medici. A direção é assinada pela jornalista Paulina Chamorro e pelo fotógrafo João Marcos Rosa.
A programação da Mostra Ecofalante de Cinema que tem lugar no Rio de Janeiro de 5 a 12 de junho não se caracteriza como uma itinerância e sim como uma prévia da 13ª edição do evento, que acontece em São Paulo, de 31 de julho a 14 de agosto. Segundo o diretor do evento, Chico Guariba, “ Boa parte dos filmes que estamos apresentando nas telas cariocas é inédita e só será exibida na 13ª edição do festival, em São Paulo, no final de julho. O público pode conhecer as mais recentes obras de destaque no circuito internacional, ao lado de novos filmes brasileiros e títulos clássicos da América Latina e da África. É uma seleção estimulante que permite refletir sobre questões urgentes do país e do planeta”.
Todas as informações sobre exibições e demais atividades do evento poderão ser encontradas na plataforma Ecofalante: www.ecofalante.org.br.
A Mostra Ecofalante de Cinema Rio é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento tem patrocínio do Itaú e IHS. Tem apoio institucional do Instituto Francês, do Pedagogias da Imagem – projeto de extensão da SeCult-UFRJ, do Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Os parceiros educacionais são a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.
A Ecofalante é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade, atua na formação de professores, exibições e debates em escolas, universidades e aparelhos culturais, além de produzir seminários e workshops sobre cinema, educação e sustentabilidade. A Ecofalante é responsável também pela plataforma de streaming gratuita Ecofalante Play, voltada a educadores, e o Ecofalante Universidades, programa de extensão educacional.
Mais informações: www.ecofalante.org.br