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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Inadimplência segue elevada no país e revela necessidade de alternativas para mudar cenário

A inadimplência no Brasil continua sendo um desafio econômico significativo. Apesar de uma ligeira queda no número de inadimplentes em outubro de 2023, o cenário ainda revela um quadro preocupante com quase 70 milhões de pessoas com dívidas em atraso. Esta realidade coloca em evidência a necessidade de alternativas eficazes para aliviar a situação financeira dos consumidores.

Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que há 66,24 milhões de brasileiros inadimplentes, correspondendo a 40,49% dos adultos no país.

Apesar do volume de consumidores com contas atrasadas ter crescido 4,14% em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma pequena queda de -0,51% de setembro para outubro de 2023.

Economistas e especialistas concordam sobre a relevância do espaço no orçamento das famílias para o crescimento econômico do país. Este consenso evidencia a interconexão entre a saúde financeira dos cidadãos e a robustez da economia nacional.

O governo brasileiro, por exemplo, tem buscado maneiras de enfrentar essa crise financeira. Uma dessas iniciativas é o “Desenrola Brasil”, que, segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já ajudou cerca de 7 milhões de pessoas.

“Pegamos todas as dívidas inscritas no Serasa e trouxemos para uma plataforma. O desconto médio na renegociação da dívida tem sido de 83%, em alguns casos chega a 99%. E, hoje, nós temos 7 milhões de brasileiros que conseguiram pagar suas contas”.

Enquanto o governo desenvolve suas estratégias, a iniciativa privada, especialmente através de startups, tem criado alternativas inovadoras.

A Ali é um exemplo disso, oferecendo a possibilidade de trocar dívidas caras por outras com taxas mais justas. Fundada em 2018, a fintech já conta com mais de 300 mil pessoas em sua base, majoritariamente colaboradores de empresas que oferecem os serviços da startup como benefício.

Bruno Reis, CEO e fundador da Ali, comenta sobre os objetivos da empresa.

“Temos um compromisso de reduzir o endividamento do brasileiro. Sabemos que o que estamos oferecendo pode ser muito novo para o cliente, que nunca fez algo similar antes, então precisamos ser claros, devemos orientar, explicar para que ele confie. Nossa missão é ajudar”.

A Ali, através de seu Economizômetro®, permite a troca de dívidas onerosas por alternativas mais acessíveis. Um exemplo claro é a redução pela metade do custo mensal de uma parcela de cartão de crédito, que pode cair de R$700 para R$350, dependendo das condições de negociação com o banco.

A importância da Ali tem sido confirmada pelo crescimento expressivo e pela confiança de investidores. Tanto que em meados de 2022 recebeu um aporte de R$130 milhões do BTG Pactual , o que tem permitido uma expansão acelerada da empresa.

A inadimplência no Brasil, apesar de ainda ser um desafio considerável, está sendo enfrentada por meio de iniciativas governamentais como “Desenrola Brasil” e soluções inovadoras de startups como a Ali.

Estas abordagens não só oferecem alívio imediato para os consumidores endividados, mas também abrem caminhos para uma saúde financeira mais estável e sustentável, essenciais para a prosperidade econômica do país.

Crédito da foto: Nattanan Kanchanaprat por Pixabay

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